sábado, 15 de março de 2008

Vacina anti-pirataria

Lembra do LP? O bolachão de vinil?
No tempo deste objeto o disco pirata tinha uma conotação bem diferente do que se conhece hoje, principalmente pra quem, como eu, curtia hard rock & afins.

Pesadelo da indústria fonográfica mundial, o disco pirata dos dias atuais nada são além de grosseira cópia de um original, as vezes sem nem o encarte. Que ingenuidade a minha...encarte!
Pois justamente, os discos piratas eram a glória dos rockeiros.

E se você acha politicamente incorreto, vamos lá: os piratas eram, geralmente, gravações de concertos de nomes como Black Sabbath, Kiss, Led Zeppelin, Deep Purple e tantos outros quanto lembrarmos, gravações de faixas raras, às vezes com surpreendente qualidade, na maioria das vezes, registros precários, mas valia muito a pena possuí-los.

Exibiam um trabalho artístico tão elaborado quanto o material oficial das gravadoras e é aí que mora a jogada: não é barato produzir LP e ainda por cima geravam mitos acerca dos artistas.
Portanto, para os piratas da época o mercado exigia um diferencial artístico sobre o material oficial disponível, já que não haveria vantagem pelo preço, levando os produtores desse mercado negro a lançar os mais diversos títulos que acabaram se notabilizando e alcançando tanto destaque quanto os álbuns oficiais.
Led Zeppelin , Live in Knebworth, 1977 discos I e II, último show do Led, só um pequeno exemplo.

Os atuais saqueadores do meio artístico não precisam se preocupar em conhecer a obra de quem irão usurpar. Não precisarão ir atrás dos artistas em seus shows a fim de obter um precário registro único de um concerto perdido num fim-de-semana qualquer.
Vamos escolher quem vende mais pois a vantagem é o preço, até isso é banal.
Este trabalho hoje cabe aos verdadeiros interessados nos artistas: seus fãs que agora gravam e postam em mp3 as novas raridades, show do Police no Brasil, Do Led em Londres, do Iron e Dream Theater também no Brasil e por aí vai.

A vacina? O Próprio vinil.
Querem alguns saudosos a volta do bolachão e o argumento é justamente a impossibilidade de se piratear este material na forma como vem sendo feita com cd's e dvd's.
É isso?

Os jornalistas perderam seu poder com o advento da Internet?

Pergunta do jornalista Armando Pereira, prof. do On-line na Unisanta.

Acredito que a internet possui uma característica de interface que permite troca de arquivos em âmbito pessoal e por isso se torna um instrumento de comunicação também inter-pessoal.

As milhares de possibilidades abertas pela interação de tantos usuários dá a idéia de um poderoso veículo de comunicação, mas devido às tais relações inter-pessoais chovem home pages, blogs, portais, enfim pulverizando informações no espaço cybernético, mas a questão é quem é acessado e porque, quem realmente aparece.

A briga é de cachorro grande, quem é visto tem por trás de si grandes marcas ou corporações que investem pesado em seu marketing.

Portanto não dá pra imaginar perda de poder pelos dos jornalistas por causa da internet, esta apenas mais um meio de se comunicar.